terça-feira, 14 de outubro de 2008

Sobre corcéis e corais.

talvez a idéia principal seja ficar bem. Talvez se as pessoas olharem para mim e se perguntarem "mas como ele ainda está sorrindo?", eu comece a ter motivos reais para sorrir.
Como com os corais. Eles sempre foram bonitos ou só passaram a ser depois que alguém olhou para eles e pensou "nossa, mas que corais bonitos!".
Me pergunto se a força do pensamento é a nossa força do pensamento ou a força do pensamento alheio.

Talvez eu queira ser cremado e espalhado por aí. Não sei o quanto me agrada a idéia de apodrecer concentrado num lugar só.
Hoje me deram uma oportunidade. Doeu muito recebê-la. Foi triste, chato, ruim. E é uma boa oportunidade. Mas eu sei que ela só veio porque alguém inteligente percebeu que me faltava motivação. Eu sempre corri atrás da cenoura. Sempre fui o coelhinho na esteira que corre desesperadamente atrás da cenoura pendurada na sua frente. Hoje me deram uma oportunidade-cenoura. Me deram a chance de continuar correndo cegamente.
E como sou um animal sem muita capacidade analítica, e louco por cenouras, eu a peguei, é claro. Como poderia não correr atrás dela? A cenoura é meu sonho de infância. Isso e morar em Nova York.

Queria montar num corcel preto e sair por aí durante a noite. Talvez eu achasse algumas cenouras pelo caminho. E voltasse satisfeito e afeito a comer apenas maçãs ou pêras.

palavra-quase. detesto isso.

Nenhum comentário: